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Paraíba

Em CG: MP recomenda proibição de fogueiras e de fabricação e comercialização de fogos com estampido

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomendou ao Município de Campina Grande a adoção das providências necessárias para proibir as fogueiras e coibir, em todo o seu território, a fabricação, comercialização, manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, apreendendo todo o material eventualmente encontrado para comercialização ou uso, dando a ele destinação específica. Também foi recomendado à Superintendência de istração do Meio Ambiente (Sudema) que adote providências para coibir o uso de fogos com estampidos em Boa Vista, Lagoa Seca e Massaranduba, municípios que integram a área de atuação da Promotoria de Campina Grande.

A recomendação ministerial está fundamentada no artigo 225 da Constituição Federal; na Política Nacional de Meio Ambiente; na Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e na Lei Estadual 13.235/2024, que proíbe, em todo o estado da Paraíba, em áreas públicas ou particulares, a fabricação, a comercialização, a guarda, o transporte e a utilização (queima e soltura) de fogos de artifício e demais artefatos pirotécnicos, bem assim de bombas, morteiros, morteirinhos de jardim, serpentes voadoras, foguetes com ou sem flecha, busca-pés, sinalizadores navais e demais similares que causem poluição sonora, tais como ruídos, estouros e/ou estampidos. Também está respaldada na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou ser constitucional – formal e materialmente – a lei municipal que proíbe a soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos produtores de estampidos (Tema 1056, de repercussão geral).

A recomendação foi expedida pelo 19º promotor de Justiça de Campina Grande, Hamilton de Souza Neves Filho, para garantir o cumprimento da lei, com destaque para a Lei Complementar Municipal 042/2009 (que estabelece o Código de Defesa do Meio Ambiente de Campina Grande), o Código de Posturas do Município (o qual proíbe as fogueiras) e a Lei Municipal 8.527/2022, que proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, em Campina Grande. Essa lei também estabelece que as atividades autorizadas pelo Poder Público e particulares que usem fogos de artifício serão realizadas com fogos silenciosos, assim compreendidos como aqueles de Classe A.

O promotor de Justiça destacou ainda que, em relação à proibição de fogueiras, a recomendação leva em consideração o Boletim Epidemiológico de Vírus Respiratórios, divulgado pela Secretaria de Saúde da Paraíba em abril deste ano, segundo o qual a Paraíba registrou 985 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Já em relação à recomendação sobre os fogos com estampido, a recomendação ministerial leva em conta estudos técnicos que atestam os malefícios e prejuízos provocados por fogos com estampidos à saúde das pessoas (com destaque para crianças, idosos, pessoas com Transtorno do Espectro Autista etc) e animais.

A recomendação foi expedida à Procuradoria-Geral do Município, à Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), à Coordenadoria do Meio Ambiente (Comea); e também à Superintendência de istração do Meio Ambiente (Sudema); à Companhia de Policiamento Ambiental e à Delegacia de Polícia Civil de defesa do meio ambiente de Campina Grande.

Confira as medidas recomendadas: 

# Aos órgãos municipais:

– que adotem as providências necessárias para proibir, em todo o território municipal, as fogueiras, removendo todo material eventualmente encontrado nos eios públicos, dando-se lhe a destinação específica, inclusive, àqueles destinados à venda e/ou à comercialização, considerando que a poluição atmosférica produzida por estes, causa dano ambiental de grande monta, podendo, inclusive, agravar os quadros respiratórios de grupos vulneráveis, principalmente, de indivíduos com doenças cardiorrespiratórias ou doenças crônicas prévias;

– que *coíbam*, em todo o território municipal, a fabricação, a comercialização, o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, e *apreendam* todo material eventualmente encontrado para comercialização ou uso, dando-se lhe a destinação específica, com o fim de que a lei seja devidamente cumprida; demonstrando a possibilidade de prejuízos à saúde e à qualidade de vida, bem como a frequência da exposição;

– que promovam campanhas educativas no município para conscientização da população e dos comerciantes de fogos acerca da proibição legal e dos danos causados pelo uso de fogos de estampido e de artifícios com estampido, devendo fomentar a cultura do uso de fogos de vista e sem estampido, cujo espetáculo de luzes e cores não traz prejuízos ao meio ambiente e ao bem-estar animal e humano;

– que fiscalizem o cumprimento, por parte dos estabelecimentos que comercializem fogos de artifício, da obrigação de não comercializarem fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, bem como quanto à afixação de placa com informação acerca da proibição quanto ao manuseio, à utilização, à queima e à soltura de fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso;

– que insiram nas condicionantes de licenças e autorizações ambientais para realização de eventos, públicos ou privados, a proibição de uso de fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso;

# À Sudema:

– que adote as providências necessárias para *coibir*, nos municípios de Campina Grande, Boa Vista, Lagoa Seca e Massaranduba, a fabricação, a comercialização, o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, e *apreender* todo material eventualmente encontrado para comercialização ou uso, dando-se lhe a destinação específica, com o fim de que a lei seja devidamente cumprida; demonstrando a possibilidade de prejuízos à saúde e à qualidade de vida, bem como a frequência da exposição;

– que fiscalize o cumprimento, por parte dos estabelecimentos que comercializem fogos de artifício, localizados nos municípios de Campina Grande, Boa Vista, Lagoa Seca e Massaranduba, da obrigação de não comercializarem fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, nos termos da Lei Estadual 13.235/2024;

– que insira nas condicionantes de licenças e autorizações ambientais para realização de eventos, públicos ou privados, a proibição de uso de fogos de estampido e de artifícios com estampido, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso;

# À Companhia de Policiamento Ambiental e à Delegacia de Polícia Civil de defesa do meio ambiente de Campina Grande:

– que adotem as providências necessárias para que as leis estadual e municipal sejam devidamente cumpridas, com adoção das medidas cabíveis, sem prejuízo de se esclarecer a população acerca da vigência da contravenção penal prevista no artigo 42 do Decreto-Lei 3.688/41(perturbação do trabalho ou do sossego alheios), ível de prisão simples e multa, e do crime tipificado no artigo 54 da Lei 9.605/1998 (poluição sonora), cuja prova deve ser precedida de laudo técnico demonstrando a possibilidade de prejuízos à saúde e à qualidade de vida, bem como a frequência da exposição;

A não adoção das medidas recomendadas ensejará a proposição das medidas judiciais cabíveis, dentre elas, a proposição de ação civil pública em face das autoridades destinatárias da recomendação ministerial.

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Paraíba

São João 2025 deve movimentar mais de R$ 750 milhões na Paraíba

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Redação do Portal da Capital

Os festejos juninos representam um dos períodos que mais movimentam a economia em todo o Brasil: de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o São João deve gerar uma arrecadação de R$ 7,4 bilhões no mês de junho, com base no crescimento de consumo sazonal dos brasileiros. Na Paraíba, conforme dados reados pelas prefeituras, a movimentação deve superar os R$ 750 milhões.

O impacto econômico é resultante do turismo, do fomento a atividades culturais e da prestação de serviços temporários de pequeno porte, como a comercialização de alimentos e trajes típicos. Esses pequenos negócios juninos são representados principalmente por micro e pequenos empreendedores (MPEs).

De acordo com José Carlos Almeida, Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, os pequenos empreendimentos são fundamentais para a movimentação econômica do período, mas melhores condições de negócios – como o facilitado ao crédito e juros mais íveis – ainda são necessárias para impulsionar a atividade dos MPEs. Somente na Paraíba, o Sicredi, instituição financeira cooperativa que atua em todo o país, destinou um total de R$ 40,3 milhões para micro e pequenos empreendedores neste ano.

“Os MPEs representam cerca de 99% das empresas do país, contribuem com cerca de 30% do PIB e são responsáveis por cerca de 55% dos empregos formais no Brasil. Daí a importância desse empreendedor ter o a soluções financeiras para montar seu negócio”, explica José Carlos. “Eles impulsionam o crescimento econômico e promovem o desenvolvimento regional, ganhando especial relevância nos meses de festas populares de grande alcance, como o São João”, acrescenta o consultor.

Segundo Almeida, o o a serviços financeiros para além de linhas de crédito é fundamental para o fomento a micro e pequenos empreendedores.

“Esse tipo de empreendedor precisa de soluções que lhe garantam segurança, como Cartão de Crédito PJ, linhas de financiamento, capital de giro, crédito rotativo e antecipação de recebíveis”, diz o especialista. “No Sicredi oferecemos, além de tudo isso, uma plataforma chamada Organizador PJ que automatiza e centraliza processos, integrando dados para facilitar a conciliação financeira e proporcionando a gestão do fluxo de caixa”.

Turistas também movimentam a economia durante o São João

Não são apenas os empreendedores que podem recorrer a soluções financeiras para viabilizar seus planos durante o São João – 44% dos brasileiros pretendem viajar a turismo durante o período, segundo pesquisa do Terra Insights. Soluções como financiamentos, empréstimos e seguros, se usados com sabedoria, podem ajudar os turistas a planejar sua viagem com segurança.

“Para quem planeja viajar, o seguro viagem, por exemplo, é uma ferramenta interessante”, diz José Almeida. No Sicredi, dispomos de uma série de produtos que se adaptam às necessidades de cada pessoa – o mais importante é buscar uma instituição financeira de confiança para receber as orientações necessárias”, conclui.

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Paraíba

Tibério Limeira recebe título de Cidadania Campinense: “honrado e agradecido”

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Redação do Portal da Capital

O Secretário de istração do Estado da Paraíba, Tibério Limeira, foi agraciado nesta sexta (13) com o Título de Cidadania Campinense em Sessão Solene na Câmara Municipal de Campina Grande. A honraria, proposta pelo Vereador Olímpio Oliveira e pela Ex-Vereadora Dra. Carla, reconhece os serviços prestados por Tibério Limeira ao município e ao estado.

Tibério disse que a homenagem o deixa honrado: “É uma honra fazer parte oficialmente dessa comunidade. Acredito que o reconhecimento é por um conjunto de ações, não apenas as minhas, mas dos homens e mulheres que trabalharam comigo ao longo da minha jornada. Muita gratidão, também, por estar compartilhando esse momento – e a cidadania campinense – com os companheiros da Polícia Civil Jean Francisco Bezerra Nunes, André Luiz Rabelo de Vasconcelos e João Alves de Albuquerque”.

O Vereador Saulo Germano, Presidente da Câmara, destacou a importância da homenagem: “É um justo reconhecimento a personalidades que contribuíram significativamente para o desenvolvimento de Campina Grande e da Paraíba.”

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Paraíba

Itamaraty diz a Hugo Motta que brasileiros devem ficar em Israel alguns dias por segurança

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Redação do Portal da Capital

Em resposta a um pedido de providências do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos), o Ministério das relações Exteriores informou que a comitiva de políticos brasileiros que foram a Israel permaneçam em local seguro, próximos a abrigos e sigam instruções locais enquanto durar a situação de insegurança no novo conflito com Irã. Entre os que estão neste momento no país está o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP).

“Sugere-se que as autoridades brasileiras aguardem em Israel até alguma mudança substantiva nas circunstâncias, como a reabertura do espaço aéreo e do aeroporto. O MRE continuará a manter estreito contato com sua embaixada em Tel Aviv sobre a evolução da situação”, diz um trecho do documento.

Segundo o Itamaraty, no momento, o espaço aéreo israelense e o Aeroporto Internacional Ben-Gurion foram fechados. Ainda de acordo com informações do Jornal da Paraíba, embora não haja informações oficiais sobre sua reabertura, o veículo de imprensa de Israel indicou que o governo considera manter essa decisão pelos próximos dois ou três dias por razões de segurança.

Em relação a uma possível saída de Israel por terra, o Itamaraty afirma que a Jordânia decidiu fechar seu espaço aéreo, o que impediria o retorno por lá, e que a travessia para o Egito demandaria percorrer longo trajeto pela península do Sinai, cuja travessia oferece riscos de segurança.

Hugo Motta tenta agilizar retorno de brasileiros

Hugo Motta disse que segue empenhado em agilizar o retorno não apenas do prefeito de João Pessoa, mas das demais brasileiros que estão no país. “As autoridades de nosso país estão empenhadas em manter todos seguros e assim que o espaço aéreo for liberado podermos providenciar o retorno com segurança”, afirmou.

Estão em Israel cerca de 50 cidadãos brasileiros que compõem duas delegações de autoridades estaduais e municipais que realizam visita a convite do governo israelense. Além de Cícero Lucena, a lista é composta por outras autoridades, como o governador de Rondônia e o prefeito de Belo Horizonte.

Em entrevista a Globo News e ao Bom Dia Paraíba, Cícero detalhou que o grupo precisou buscar abrigo em um bunker após alertas de segurança e o som de sirenes.

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