As eleições de 2026 seguem movimentando o cenário político da Paraíba, e declarações recentes do ex-senador Cássio Cunha Lima sobre o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), geraram reações dentro da oposição. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, Cássio relembrou sua antiga parceria com Cícero e afirmou que não impõe vetos a uma possível candidatura do prefeito.

“Não tenho veto a ninguém. Ocorreram divergências políticas sem que isso tenha afetado qualquer tipo de relação pessoal, que sempre foi respeitosa e, sobretudo, as lembranças das tristezas e das alegrias, das dificuldades e das vitórias”, declarou Cássio, ressaltando que o distanciamento entre os dois ocorreu por razões políticas e não pessoais.

A fala do ex-senador, no entanto, não foi bem recebida por setores da oposição. O deputado estadual Sargento Neto (PL) discordou publicamente da posição de Cássio e afirmou que não há espaço para Cícero Lucena dentro do grupo oposicionista.

“É uma decisão de Cássio. A decisão foi dele de se pronunciar a respeito disso. A gente respeita, mas o meu posicionamento é claro”, declarou Sargento Neto, deixando evidente que, ao menos para ele, a oposição não considera a possibilidade de apoiar o atual prefeito de João Pessoa.

A troca de declarações evidencia as divergências dentro da oposição sobre os rumos para 2026, especialmente em relação a possíveis alianças e apoios. Enquanto Cássio Cunha Lima adota um tom conciliador, Sargento Neto reforça uma postura de resistência à aproximação com Cícero Lucena.

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou através de uma auditoria uma série de graves irregularidades na aplicação de uma emenda parlamentar de R$ 3 milhões, destinada à construção de um Parque Urbano e Pátio de Eventos em Zabelê, no Sertão paraibano.

A informação foi divulgada pelo blog Conversa Política e faz parte de uma investigação determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o uso de recursos do chamado “orçamento secreto” entre 2020 e 2024.

O relatório aponta que os recursos foram depositados na conta do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), dificultando o rastreamento do dinheiro. Além disso, a Prefeitura não teria apresentado documentos que comprovassem a destinação da verba, como extratos bancários ou notas fiscais.

Apesar da aprovação do plano de trabalho pelo Ministério do Turismo, nenhuma obra teria sido iniciada, e o terreno onde o parque seria construído ainda não teria sido desapropriado. A CGU também identificou um prejuízo de R$ 391 mil, já que os recursos ficaram parados sem aplicação financeira.

O relatório será encaminhado para instâncias competentes, que poderão abrir processos istrativos para apurar responsabilidades dos gestores. O procurador do município, Josedeo Saraiva, afirmou ao Conversa Política que Zabelê respondeu aos questionamentos e que a Prefeitura dará andamento à execução da obra. Entretanto, não houve manifestação formal da gestão municipal sobre o relatório da CGU.

Foi sancionada na Paraíba a Lei nº 13.668/2025 que cria o Selo Salão Amigo de Pacientes em Tratamento de Câncer. De autoria da deputada estadual Jane Panta (PP), a legislação reconhece salões de beleza que incentivam a doação de cabelos para quem está em tratamento oncológico.

Na justificativa, a parlamentar destacou a importância no fortalecimento de uma corrente de solidariedade que ajuda a devolver a autoestima de quem está em tratamento oncológico. Para ser reconhecido, o estabelecimento interessado precisa enviar uma carta de compromisso à Secretaria de Saúde do Estado, se comprometer em divulgar e incentivar a doação de cabelo, além de enviar o material para instituições sérias.

“Um gesto simples que pode transformar a autoestima de quem está lutando pela vida. Solidariedade, empatia e cuidado virando política pública. Essa conquista é por e para quem precisa”, afirmou Jane.

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